sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Pesquisa sobre viagens corporativas

Por verônica lima - DCI

A Associação Brasileira dos Gestores de Viagens Corporativas (ABGEV) divulgou ontem os números de um levantamento inédito que dimensiona o tamanho do mercado de viagens corporativas no País. Com uma geração de caixa que chega a R$ 33,6 bilhões, as viagens de negócios já são responsáveis por 66,21% de todo o dinheiro faturado pelo turismo brasileiro.

Dentro das multinacionais, as viagens corporativas já recebem o terceiro maior investimento dentre todos os gastos da empresa. As companhias estão investindo em reuniões, treinamentos e lançamento de produtos, gastando, por ano, um total de R$ 15,5 bilhões com viagens. O dinheiro movimentado pelo setor se divide entre hospedagem (R$ 13,8 bilhões), locação de automóveis (R$ 1,4 bilhões) e transporte aéreo (R$ 18,4 bilhões). “Em 13% das empresas, os gastos com viagens estão entre a segunda e a terceira maior despesa, perdendo apenas para recursos humanos e tecnologia da informação”, comenta a presidente ABGEV, Vivianne Martins.

Tendência

Os altos custos demandados pelo turismo corporativo têm levado as empresas a procurar consultoria especializada para otimizar seus gastos na área. IBM, McDonald’s, Xerox, Natura, Telemar e Novartis são corporações que implantaram uma política de viagens, reduzindo em até 25% os seus custos.

Conhecido como travel manager, o gestor de viagens tem como principal atribuição negociar com agências e outros fornecedores as melhores opções de viagens para os seus executivos, o chamado cliente interno.Desta forma, as empresas conseguem controlar as viagens e otimizar os processos, melhorando a operação e conseqüentemente reduzindo os custos.

Objetivo

Para o professor e economista Hildemar Brasil, que coordenou a pesquisa, os Indicadores Econômicos das Viagens Corporativas (IEVC) têm como objetivo construir um conjunto de indicadores que permitam o acompanhamento dos aspectos macroeconômicos relacionados ao segmento de viagens corporativas, auxiliando fornecedores no seu posicionamento e as empresas clientes na composição de seus custos com viagens.

“Até hoje não tínhamos uma pesquisa dedicada exclusivamente ao setor de viagens corporativas. As pesquisas e censos realizados pelo Ministério do Turismo consideravam apenas o turismo de lazer em seus números. Precisamos separar as viagens corporativas deste cenário, pois possuem particularidades em relação ao mercado de lazer”, afirma Vivianne Martins, presidente da ABGEV.Além disso, a pesquisa servirá para a valorização do profissional da área, reforçando junto às instituições de ensino no País a importância da formação profissional nesse segmento.A pesquisa foi realizada com as 1.000 maiores empresas do Brasil, que respondem por aproximadamente 70% do PIB nacional. Os 100 maiores bancos estabelecidos.

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